Um sorinho não dói?

“Um sorinho não faz mal a ninguém.”

“Dotô, vim aqui pra tomar um soro.”

“Não vai nem me dar um soro, doutor?”

“Doutor, o soro acabou!! Não vai colocar outro não?”

O soro virou sinônimo de saúde. Símbolo do cuidado médico e da hospitalização. Muitos anseiam por ele, enquanto outros os prescrevem como água.

“Grande parte dos pacientes que estão internados estão hiperhidratados.” já dizia um grande professor meu.

Ringer ou soro? Sangue ou soro? Plasma? Será que tanto faz? E os coloides? Oligúria = hidratação? A lei de Starling ainda é válida? Existe um fluido ideal? Soro não mata ninguém… será?

Tentando responder essas perguntas e fazendo uma revisão pela história da medicina e da fisiologia, o professor John Myburgh, diretor da divisão de Cuidados Intensivos e Trauma do George Institute of Global Health, professor de Cuidados Intesivos da Universidade de New South Wales e um dos principais pesquisadores no assunto, autor de diversos estudos sobre o uso de diferentes tipos de fluidos, apresentou uma palestra sensacional que deixa uma pulga atrás da orelha sobre as atuais condutas no PS e na UTI.

O sotaque é difícil de entender, mas o conteúdo é simplesmente inquietante.

Confiram e questionem!

http://intensivecarenetwork.com/myburgh-fluids-2015/

Imagem por Brian K

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